"My Fair Lady", um grande filme realizado por George Cukor, em 1964, é a adaptação para o cinema da peça Pigmaleão, de Bernard Shaw.
Um argumento cheio de humor, a banda sonora com música de Frederick Lowe fantástica e as interpretações inesquecíveis da doce e inteligente Audrey Hepburn e de Rex Harrison. O filme ganhou oito Oscars e é, na minha opinião, um filme de culto e de viragem no género musical.
Devo tê-lo visto e revisto por volta dos nove ou dez anos e alimentou as minhas fantasias teatrais e musicais durante muios anos. Os fatos e chapéus antigos da minha mãe com que me mascarava para peças caseiras, foram forrados de tule rosa e de branco e preto e as golas subidas fizeram as minhas delícias toda a vida. A elegância romântica do look Hepburn ficou de modelo.
A abertura, no mercado das flores, fez-me ir ao Convent Garden, onde já não há flores, só lojinhas, e voltava-me sempre à memória enquanto tivemos, em Lisboa, o mercado das flores, na Ribeira.
Quando as minhas filhas começaram a apreciar cinema foi um dos filmes que quis partilhar com elas, mas nunca conseguiram entender bem o que provocava aquele arzinho de felicidade pateta com que eu devia ficar logo nos momentos iniciais. Há ecos da infância que são dificilmente transmissíveis...
Se tiverem oportunidade, revejam-no e digam-me o que pensam. Haverá por aí mais apreciadores do género?
Assim, temos o trio Eliza Doolittle, Prof. Henry Higgins e Coronel Pickering nesta ninhada de Maine Coons com seis semanas que começam a parecer uns verdadeiros ursinhos de peluche.
1 comentário:
Um lindo " clássico" musical, sem dúvida. Vi o filme três vezes, se a memória não me atraiçoa.
Filomena
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