Tinham finalmente chegado.
Primeiro a Carlota, uns meses mais tarde o Catsby, também chamado por nós, o Bi. Eram umas bolas de pelo e faziam uns ruídinhos curiosos, mais pareciam rolas do que gatos. Como não gosto de bichos muito barulhentos, para isso basta-me o Freud, fiquei encantada. Ambos eram curiosos sempre a querer ver o que estávamos a fazer. Ela talvez mais independente e, sem dúvida, a "patroa". Comia primeiro e dava-lhe a sua sapatada de vez em quando. O cão gostou deles, o Clif, o nosso gato de rua, agora com oito anos, achou menos graça, mas resignou-se. Desde que não o maçassem muito...
Ao fim de um mês achei que o Catsby não estava a progredir muito e resolvi pesá-lo. Tinha perdido peso e a criadora dele a quem perguntei o que devia fazer, alarmou-me. Com três, quatro meses, um gatinho não perde peso se não tiver algo grave. Foi uma correria, o veterinário habitual estava de férias e felizmente, encontrei um simpático e competente casal de veterinários em Sintra, que lhe fizeram todos os exames possíveis, enquanto ele deixava de comer e já só vivia no meu quarto e no da minha filha e "sócia". A ligação foi especial e ficou para sempre, a ternura com que se encostava a nós e como deixava fazer todas as judiarias médicas. De repente começou a comer alguma coisa e a melhorar mas alguns valores ainda não estavam normais. Pensávamos que já não serviria para criação. O veterinário aconselhou-me a esperar e a dar-lhe tempo.
Nunca se conseguiu perceber o que teve, uma planta tóxica do terraço, alguma infecção, tanto exame e nenhum foi conclusivo. Para nós, tinha sido a primeira má experiência. Os bichos podem ficar doentes e podemos ficar sem eles.
Com o Catsby recuperado, era a altura de nos iniciarmos nesse mundo novo das exposições felinas.
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