quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Histórias de criadora. Episódio 6. A sueca.

Continuavam os contactos com criadores, agora nórdicos. Ulrika Olsson tem feito um notável trabalho com a base de dados Pawpeds de que é uma das fundadoras. Segui atentamente uma ninhada "Hergé" que teve, com todos os gatinhos com nomes saídos da banda desenhada Tintin. Não consegui ficar com nenhum mas, de uma segunda ninhada, apalavrou-se a sueca "Fröken Finemang", uma magnífica "calico". Aqui temos a ninhada da Fin em que é a mais gordinha e a sua primeira foto com um dia.

Há vários nomes para estas gatinhas que têm o preto e o vermelho misturado e neste caso com branco também. Em português são tartarugas, tortoiseshell em inglês, diminutivo "torties" ou "torbies" consoante sejam sólidas ou tabbies. Calico é americano e são gatos da sorte. Dizem...
Quanto ao seu nome, é inspirado de um conto infantil sueco e quer dizer Miss Finemang.
As exigências eram enormes em termos de compromissos como futura criadora. O facto de ser novata não lhe inspirava muita confiança e claro impunha-se mais uma viagem, agora ao país do frio. Estávamos em Janeiro de 2005, quando lá fui, para mais um exame. De Estocolmo para o Norte, de comboio, para um fim-de semana, em que muito se falou de gatos, de criação, tendo visitado também outra criadora, dona da avó da Fin, a Fanny, que tinha tido nesses dias, aos dez anos, a sua última ninhada. Uma beleza de gata preta e os primeiros bébés que eu via, ainda com os olhitos fechados. A casinha é a "guest house" onde fiquei, numa vila, no meio da floresta.
Tive também direito a um verdadeiro seminário sobre os antepassados ilustres dos MCO, as várias linhagens americanas iniciais e as várias tendências. Esta facção é adepta de um Maine Coon de tipo médio, com ar doce, mais próximo dos primeiros, contrariamente a outros que o preferem extremo, de focinho mais longo, look selvagem, como evoluiu na Europa.
A Fin é uma gata muito ligada a mim e dispensava o convívio com os seus semelhantes. Vive satisfeita sózinha na sala, ou, como agora, no meu quarto, à espera dos bébés. Foi mãe, a primeira vez, muito oportunamente, num domingo de manhã. Quando começaram as contracções não me deixava sair de perto dela, gritando e levantando-se. Levei o ninho para a minha cama e esperei pacientemente. Passado uma hora e pouco "mostrava-me" o seu pequenino. Desta vez tudo tinha corrido bem. Era só um, o Simply Red. Na segunda foram dois, o Joe Black e o Bob Red. E agora vamos ver....

1 comentário:

Anónimo disse...

mais uma história fascinante! Parece que a Leonor tem uma grande missão na sua vida terrena!!! pois não é qualquer pessoa que embarca assim em viagens longínquas e certamente dispendiosas... É uma enorme paixão, mas... É certamente uma grande missão que o destino lhe reservou... E não foi em vão!!! Os resultados estão á vista. Lindos!!!